Interdisciplina:
Educação de Jovens e Adultos
Pensando sobre...Qualificação dos professores da EJA
A partir das leituras e da nossa experiência
sabemos que muitos fatores influenciam a permanência e finalização dos estudos
do aluno que se matricula na EJA. Em seu texto Hara (1992, p.1) descreve que a
evasão é muito grande. Alguns fatores são de ordem social e outros são de ordem
interna, envolvem os métodos aplicados pela escola. Os fatores sociais que
dificultam a permanência dos alunos podem ser exemplificados pelo cansaço do
estudante, depois de um dia de trabalho, violência, filhos pequenos e outras
prioridades.
Durante a aula ouvimos muitos relatos de
colegas que realizaram a pesquisa de campo, e muitos revelaram que além destes
fatores, a falta de qualificação do professor também influencia a permanência do
aluno na EJA. Hara (1992, p.2) pontua em seu texto que “além destas condições
sociais, grande parte das dificuldades enfrentadas por educadores se localizam
no ato de alfabetizar, nos desafios que brotam dentro das salas de aula”.
Poucos são os professores que possuem
formação específica para atuar com a EJA. Os professores que assumem o papel,
muitas vezes precisam completar carga horária ou ganhar um extra. A maioria não
possui preparo para atender a demanda e anseios dos alunos. A boa vontade ou comprometimento
dos professores não é suficiente.
Dos professores que foram entrevistados, para
o desenvolvimento do trabalho de campo, apenas um possui formação específica
para atuar na EJA. Durante a apresentação dos dados ouvimos de outros grupos
situações semelhantes. Para que a educação tenha qualidade é essencial que os professores tenham formação na sua área de atuação, devem buscar uma formação continuada, não podem se acomodar.
Referência:
HARA,
Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI,
1992.
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