domingo, 2 de julho de 2017


INTERDISCIPLINA: ORGANIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL


                            AVALIAÇÃO

   Considero a avaliação um tema extremamente amplo e complexo, cada pessoa tem um entendimento e o aplica de forma diferenciada. Percebem-se as divergências, por exemplo, em conselhos de classe ou reuniões, em que os professores discutem as formas que os alunos foram avaliados, ou, se merecem novas oportunidades para demonstrarem seu aprendizado. Se a concordância não é unânime, a discussão avança, cada professor tenta convencer o outro do seu ponto de vista. Neste momento, poucos pensam, realmente no aluno, o que predomina são defesas pessoais sobre suas aulas. Já participei de muitos conselhos assim, e escuto os relatos dos colegas: aquele aluno não fez nada na minha aula, como pode tirar cem na outra disciplina?
   É difícil o professor perceber, ou até mesmo, assumir que o problema pode ser ele e sua forma de atuação em sala de aula. A avaliação também é para ajudar e guiar o professor em decisões acertadas sobre a aprendizagem dos seus alunos. Avaliar o quanto sua metodologia está aproximando ou afastando os alunos. A docência também é um ato de conquista. Conquista-se o aluno com afeto, incentivo e apoio, a sala de aula é um espaço de confiança entre ambas as partes, é uma construção diária, que merece atenção e reflexão por parte do professor. Pensar em autoavaliação de sua prática e ser capaz de realizá-la é um compromisso que assumimos ao escolher ser professor. O texto disponibilizado para leitura sobre SEAP: Políticas Educacionais fala sobre a autoavaliação como forma de diagnóstico, refletir sobre necessidades e possíveis mudanças.
   Entendo, e utilizo na minha prática, a avaliação como forma de diagnóstico para possibilitar aos alunos melhores condições de aprendizagem. O planejamento das minhas aulas é feito a partir das necessidades de cada um, procuro contemplar a turma como um todo. Como trabalho com turmas de alfabetização, os alunos encontram-se em diferentes níveis, então nesse sentido, a avaliação é utilizada como ferramenta de diagnóstico. Participo do PNAIC, nos encontros discutimos e recebemos material de apoio, o tema está bastante presente em nossas reuniões e rodas de conversa.

     Portanto, na minha sala de aula a avaliação é um recurso para auxiliar a aprendizagem dos alunos, e não, como forma de classificação para dizer quem é o melhor ou quem sabe mais. Cada criança tem seu tempo de aprendizagem e o professor faz a mediação possibilitando que as crianças possam evoluir na construção de suas hipóteses, de acordo com a Mestre em Avaliação Educacional, Jussara Hoffmann.

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