INTERDISCIPLINA: ORGANIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL
AVALIAÇÃO
Considero
a avaliação um tema extremamente amplo e complexo, cada pessoa tem um
entendimento e o aplica de forma diferenciada. Percebem-se as divergências, por
exemplo, em conselhos de classe ou reuniões, em que os professores discutem as
formas que os alunos foram avaliados, ou, se merecem novas oportunidades para
demonstrarem seu aprendizado. Se a concordância não é unânime, a discussão
avança, cada professor tenta convencer o outro do seu ponto de vista. Neste
momento, poucos pensam, realmente no aluno, o que predomina são defesas
pessoais sobre suas aulas. Já participei de muitos conselhos assim, e escuto os
relatos dos colegas: aquele aluno não fez nada na minha aula, como pode tirar
cem na outra disciplina?
É difícil o professor
perceber, ou até mesmo, assumir que o problema pode ser ele e sua forma de
atuação em sala de aula. A avaliação também é para ajudar e guiar o professor
em decisões acertadas sobre a aprendizagem dos seus alunos. Avaliar o quanto
sua metodologia está aproximando ou afastando os alunos. A docência também é um
ato de conquista. Conquista-se o aluno com afeto, incentivo e apoio, a sala de
aula é um espaço de confiança entre ambas as partes, é uma construção diária,
que merece atenção e reflexão por parte do professor. Pensar em autoavaliação de
sua prática e ser capaz de realizá-la é um compromisso que assumimos ao
escolher ser professor. O texto disponibilizado para leitura sobre SEAP: Políticas
Educacionais fala sobre a autoavaliação como forma de diagnóstico, refletir
sobre necessidades e possíveis mudanças.
Entendo, e
utilizo na minha prática, a avaliação como forma de diagnóstico para
possibilitar aos alunos melhores condições de aprendizagem. O planejamento das
minhas aulas é feito a partir das necessidades de cada um, procuro contemplar a
turma como um todo. Como trabalho com turmas de alfabetização, os alunos
encontram-se em diferentes níveis, então nesse sentido, a avaliação é utilizada
como ferramenta de diagnóstico. Participo do PNAIC, nos encontros discutimos e
recebemos material de apoio, o tema está bastante presente em nossas reuniões e
rodas de conversa.
Portanto, na
minha sala de aula a avaliação é um recurso para auxiliar a aprendizagem dos
alunos, e não, como forma de classificação para dizer quem é o melhor ou quem
sabe mais. Cada criança tem seu tempo de aprendizagem e o professor faz a
mediação possibilitando que as crianças possam evoluir na construção de suas
hipóteses, de acordo com a Mestre em Avaliação Educacional, Jussara Hoffmann.
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