quarta-feira, 6 de dezembro de 2017


Interdisciplina: Questões Étnico-Raciais na Educação


   Pensando sobre....


   As aprendizagens do semestre foram profundas e desafiadoras. O entendimento sobre o desenvolvimento humano foi bastante complexo, envolveu muito estudo e reflexão. Muitas dúvidas foram esclarecidas em postagens no fórum, a troca de ideias entre todos foi fundamental para melhorar o entendimento sobre os aspectos relacionados com o desenvolvimento da aprendizagem, diversidade cultural e étnica e comportamentos.

  Falar de questões étnico-raciais envolve estudo e observação dos comportamentos humanos, a partir da atividade do censo foi possível constatar os fatores que dificultam, de certa forma, a aprendizagem dos alunos, como acesso a hospitais e escolas. Os alunos percorrem muitas distâncias para chegarem à escola e muitos vivem em situações irregulares quanto à moradia. A escola não declara a origem étnico-racial dos alunos e percebi que muitas crianças não aceitam sua identidade cultural. Durante as aulas trabalhamos com temas sobre a valorização e a diversidade, acredito que ainda é insuficiente, pois não encontro orgulho nas crianças quando falamos em etnias.






Realizamos uma atividade muito importante sobre diversidade. Escolhemos a nossa colega Cátia para falar sobre preconceito e desafios que ela enfrentou. Apesar das dificuldades, enfrentadas por ela, o caminho que ela encontrou para sua ascensão social foi o caminho do conhecimento.






Link do vídeo sobre diversidade étnico-racial: https://youtu.be/0E0TaawVO-E



Interdisciplina: Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais   Especiais


                             Reflexões sobre inclusão e acessibilidade


     No vídeo, Izabel Maior, nos mostra que a diversidade humana sempre existiu e a história revela os percalços da difícil convivência entre os diferentes. Nem sempre as pessoas estão dispostas a conhecer aquilo que não é espelho, os rótulos inferiorizam as pessoas com deficiência e as cotas existem porque as pessoas sofrem discriminação. As cotas são formas de contornar a discriminação e equiparar as pessoas com alguma forma de deficiência.
    A luta das pessoas com deficiência é por acessibilidade, democratização dos espaços públicos e pelo respeito. O mundo ideal de convívio é aquele que todos possam frequentar e acessar livremente.
   Conforme o texto de Izabel Maior, uma mesma pessoa com limitação funcional encontrará condições de realizar atividades e participar na proporção direta dos apoios sociais existentes. Isso significa dizer que o meio é responsável pela deficiência imposta às pessoas.
   Se os espaços sociais forem adequados, as pessoas com deficiência não sofrerão exclusão.
   Entende-se, portanto, que deficiência é uma questão coletiva e da esfera pública, e é obrigação dos países prover todas as questões que efetivamente garantam o exercício dos direitos humanos.
   O convívio escolar nas séries iniciais é muito importante para que as crianças compreendam e respeitem as diferenças existentes. A inclusão deve ocorrer naturalmente, quase imperceptível.
   Como diz a professora Izabel Maior, no vídeo, as crianças só têm a ganhar convivendo com os diferentes.
   As deficiências requerem atitudes e apoios diferenciados, o que funciona para um pode não dar certo para o outro. O importante é olhar para as pessoas, conversar e entender suas necessidades sem rotular. A partir da Lei 12764/2012 as pessoas com TEA passaram a ser consideradas pessoas com deficiência. Acredito que a verdadeira inclusão é aquela que aproxima e elimina barreiras.



Referências:


Deficiências e Diferenças com Izabel Maior e Benilton Bezerra. Acesso em 6 de dezembro de 2017. https://www.youtube.com/watch?v=29JooQEOCvA




terça-feira, 5 de dezembro de 2017


Interdisciplina: Filosofia da Educação


 Pensando sobre... As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão



                     O conhecimento e nossas escolhas

   
     Existem comportamentos esperados ou estabelecidos de modo prévio que julgamos ser o correto, mas diante de diferentes situações, nossas atitudes devem seguir outro viés. Muitas vezes, julgamos saber tudo, até que algo acontece e nos desestabiliza. Quando convivemos com crianças esses sentimentos estão muito presentes. É o medo de não favorecer o desenvolvimento correto da criança ou de fracassar como profissional. É o desejo de ter e/ou incentivar um espaço escolar homogêneo, grande ilusão, pois sabemos que a escola é repleta de uma grande diversidade étnica e cultural. Porque continuamos insistindo em ensinamentos baseados na cópia e na repetição, insistimos no erro com a ilusão de que para aprender essas duas ações devem imperar.
  O texto mostra a ideia de racionalidade sobre os erros e ilusões. A racionalidade construtiva elabora teorias coerentes, verificando o caráter lógico da organização teórica, a compatibilidade entre as ideias que compõem a teoria. Tal racionalidade deve permanecer aberta ao que a contesta para evitar que se feche em doutrina e se converta em racionalização. Nós não temos a razão de tudo ou o conhecimento absoluto, deve haver espaço para o diálogo e o debate de diferentes ideias. Não podemos ser professores doutrinados por um sistema tradicional que valoriza ações de opressor/oprimido.
  Para Morin (2002), uma doutrina que obedece a um modelo mecanicista e determinista para considerar o mundo não é racional, mas racionalizadora. O racionalismo que ignora os seres, a subjetividade, a afetividade e a vida são irracionais. Considero que são formas de ensinar que priorizam ações mecânicas, sem muita reflexão e pensamento, distante de emoção. Como se fosse um contentamento descontente, algo que preenche, mas continua com um vazio porque falta o essencial, a satisfação em obter conhecimento.
   A verdadeira racionalidade não é apenas teórica ou crítica, mas também autocrítica. Não temos a razão de tudo ou do conhecimento absoluto. O conhecimento qualifica nossas escolhas e nos torna indivíduos em constante transformação, inacabados. Sempre há algo que podemos aproveitar em benefício da sabedoria, ficando assim, distante do erro e da ilusão. A ilusão acontece quando não há certeza ou conhecimento suficiente para consolidar o que se aprende, limitando a racionalidade.

Referência:

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Editora Cortez, ano 2002, 5º edição. 




Interdisciplina: Seminário Integrador VI

Pensando sobre: Como Estrelas na Terra, toda a Criança é Especial



                Todos são especiais e únicos em suas diferenças



  Muitas vezes, não temos noção da importância que um professor possui. Através de atitudes e olhares para o outro, o professor pode oportunizar ações diferenciadas, mais significativas para a aprendizagem dos alunos. Com isso, priorizando e valorizando as habilidades individuais. Cada um aprende de uma forma, não existe uma receita que seja a ideal para todos porque somos todos diferentes.
  Algumas pessoas necessitam de atenção diferenciada, quanto ao seu desenvolvimento intelectual, afetivo e motor. É necessário que a escola e os professores auxiliem neste processo com carinho e atenção. A pessoa que necessita de atenção especial precisa se sentir querida e acolhida no espaço escolar, para que ela possa se desenvolver plenamente.
O filme é inspirador e emocionante, nos traz importantes reflexões do nosso papel de professor. Ser professor não é aplicar conteúdo ou escrever a matéria no quadro. É muito mais que isso, envolve o olhar diferenciado para cada aluno que tem necessidades especiais. É um fazer diferente, sem comparações ou classificações. É respeitar as diferenças que existem no outro, ou melhor, em todos.

As nossas ações guiam nossas práticas e quando aplicamos respeito e compreensão tudo se transforma de forma inclusiva e integrada. Professores e alunos são únicos em suas diferenças.



                                     

                                                                                                                                         





Link para o filme: “Como estrelas na terra, toda a criança é especial” (produção indiana de 2007, dirigida por Aamir Khan). Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4.



Interdisciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II



              Reflexão sobre a escola e o papel do professor


   A escola deve ensinar com conexão e com sentido. O conteúdo não pode ser algo insignificante deve estar em sintonia com a realidade do aluno causando reflexão e transformação no sujeito
   O conhecimento se dá a partir da reflexão. Conhecer um objeto é agir sobre ele, modificá-lo, transformá-lo e compreender o processo desta transformação e o modo como o objeto foi construído.
  A aprendizagem da criança deve partir do concreto. Ela deve interagir, experimentar, tocar, sentir para compreender o funcionamento de tudo que a cerca. O nosso cognitivo não é depósito de informações, o aprendizado acontece a partir das ações e da reflexão sobre o objeto de estudo.
Segundo Fernando Becker, a escola tem privilegiado algumas ações: COPIAR e REPETIR. Isso continua ocorrendo, mesmo a tecnologia estando à disposição para auxiliar na diversificação das aulas.
    O professor não compreende a relação do que ensina com a aprendizagem do aluno. Aluno e professor não irão se entender enquanto não houver diálogo e espaço para o debate.
    A escola deve ser um laboratório para experimentar, vivenciar, descobrir e interagir. Deve ser espaço movido pela curiosidade e busca por respostas, não respostas prontas, mas sim reformuladas a partir das experiências proporcionadas pela escola. O professor não é detentor de todo o conhecimento e pode aprender muito se ouvir e proporcionar momentos de reflexão com sua turma.
  A escola que funciona como auditório prepara pessoas para agirem mecanicamente, sem reflexão, realizando atividades porque foram treinadas para isso. Foram treinadas para ficarem sentadas operando máquinas, escutando ordens sem questionar, agindo simplesmente porque foram mandadas.


Referências:

PIAGET, Jean. Development and learning. In LAVATTELLY, C. S. e STENDLER, F. Reading in child behavior and development. New York: Hartcourt Brace Janovich, 1972. (Trad.: Paulo F. Slomp, prof. FACED/UFRGS. Revisão: Fernando Becker, PPGEdu-UFRGS).

 Professor Fernando Becker: Escola - mais laboratório e menos auditório. TEDxUnisinos
 Acesso: 4 de novembro de 2017. Disponível no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=xjfKBGIHPjs

Professor Fernando Becker: Aprendizagem e Conhecimento Escolar, Jean Piaget. Acesso: 4 de novembro de 2017. Disponível no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=R_XTeXesslI





ESPAÇO PARA CONSTRUIR E DESCOBRIR

SUJEITOS DE SUA APRENDIZAGEM



Interdisciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II


        Por uma educação com mais diálogo e descobertas


    Como diz Fernando Becker em seu vídeo: Mais laboratório e menos auditório, a sala de aula não pode ser mais o espaço de repetição. Repetição da fala de outras pessoas, repetição da opinião dos outros, repetição dos desejos dos outros... Deve ser um local para que cada um possa se manifestar sobre seu verdadeiro EU, sobre suas escolhas e anseios. Todos querem falar e serem ouvidos. Chega de copiar, simplesmente por copiar, o ensino escolar deve ter ligação com o cotidiano das pessoas envolvidas.
    Os indivíduos devem se sentir encorajados para buscar conhecimento, devem descer do auditório e adentrar o laboratório. Devem experimentar, descobrir, dialogar com os outros e consigo mesmo, para que possam criar condições de refletir sobre suas escolhas e vontades. A curiosidade deve ser um propósito de busca, com ela, o caminho não se encerra ele toma novas direções. O professor e o aluno devem caminhar lado a lado, pois a aprendizagem exige diálogo, compreensão e cooperação para que haja entendimento do que cada um pode oferecer para o outro. A nossa representatividade pode ser exposta a partir da fala, portanto a escola é um local de conversas e debates e não auditório, não há troca se apenas uma das partes dialogar. Mais laboratório, no sentido de vivenciar e procurar por fontes de conhecimento capazes de transformar e modificar nossa forma de pensar.


 Referência:

Mais laboratório e menos auditório de Fernando Becker. Acesso em 5 de dezembro de 2017. https://www.youtube.com/watch?v=xjfKBGIHPjs



Laboratório em sala de aula: Análise da composição da terra