quinta-feira, 31 de março de 2016

                       

                            INÍCIO DO SEMESTRE

  Todo o começo é um recomeço... muitas dúvidas, ansiedade, medo do tempo e o do que virá.

  Sentimento meu e de muitas colegas. Mas quando recebemos o abraço e o carinho dos professores , tutores e colegas, tudo parece dissipar-se, então o que fica é a vontade,  a determinação e a força.     Que sentimento bom! Retornar e olhar que percorremos uma parte do caminho com sucesso. No nosso encontro do dia dezesseis de março fizemos um cartaz de motivação e boas-vindas para os colegas novos. Foi muito divertido. Estamos com uma sensação de dever cumprido e prontas para o próximo semestre.

   É tempo de mudança, de busca pela qualificação e também de satisfação pessoal. O nosso diploma. Agora mais perto do que longe. A palavrinha tempo sempre em nossos pensamentos. Cada semestre é um aprendizado de como otimizar o tempo. Agora sem desculpas, somos veteranas. Sempre em frente!


  
  

                    A SAUDADE VIROU ATIVIDADE
                                 

  A nossa atuação em sala de aula está ficando cada vez mais enriquecida de informações. Tenho vontade de mudar sempre, fico pensando o que fazer para melhorar as aulas, atrair a atenção dos alunos. Comecei pensando na infância, o que eu gostava de ouvir e o que me fazia sentir saudades. Fiquei muito nostalgica... Mas valeu a pena. Levei para a sala de aula uma parlenda antiga e músicas de roda. Cantei, brinquei e me diverti muito! Contei para os alunos a importância que tiveram na minha infância, percebi o interesse e o retorno foi imediato. Em casa os pais tiveram que cantar junto com eles, segundo relatos dos pais no outro dia. Fiquei muito feliz e com uma sensação de estar fazendo o certo, colocando afeto nas minhas práticas pedagógicas.










sexta-feira, 25 de março de 2016

MUDAR É PRECISO...

  Minha postagem será para relatar o processo de aprendizagem da aluna  S... Todos os anos trabalho com turmas de segundo ano, praticamente,  vira uma rotina. Sei o que vou trabalhar, conheço os níveis de aprendizado dos alunos e vou imaginando o que fazer para que todos recebam informações necessárias. Mas, uma aluna me intrigou, irritou e me deixou sem ação: a S.... Não conhecia as letras, não escrevia seu nome e não diferenciava números de letras. Seus desenhos eram rabiscos. Tudo bem, vamos começar do zero. Enquanto eu pensava o que fazer, ela começou a pegar os materiais dos colegas, inclusive os meus, fiquei muito irritada. Conversei com ela diversas vezes, mas não adiantou. Era sempre a mesma coisa, sumia algo da sala, estava com ela. Fui afastando ela de mim, pensei que eu não tinha o que fazer.
      No segundo semestre quando começamos a disciplina de Alfabetização, surgiram informações importantes para mim. No geral todas, todas as disciplinas foram importantes, mas preciso focar em uma para explicar e argumentar sobre os avanços no aprendizado desta aluna. A partir da leitura do texto: VER, CRIAR E COMPREENDER entendi com mais clareza o processo de alfabetização das crianças. A aluna S... não havia desenvolvido a habilidade de desenhar. Fui investigando e descobri que a família era muito humilde e ela não possuía muitos recursos em casa, como livros ou folhas para desenhar. Ela possuía um caderno velho e quase sem folhas e um estojo praticamente vazio. Passei a emprestar os materiais para ela durante a aula e mudei minhas atitudes com ela. Durante a semana eu a chamava para se sentar perto de mim e pedia para ela fazer um desenho, enquanto ela desenhava eu ia conversando incentivando, dizendo que ela era capaz e que eu estava muito feliz com seu progresso. Aos poucos, ela foi mudando as atitudes. Fez algumas cartinhas para mim, aprendeu a escrever o nome. Eu mudei minhas ações e o retorno foi imediato. Na medida que ela foi aprimorando seu desenho, ela aprendeu a contar e reconhecer os números até dez. Foi um enorme progresso, ela ficou mais confiante os colegas também se aproximaram dela, pois ela parou de pegar os objetos da sala, quando ela fazia algo interessante me pedia para mostrar para outras professoras da escola.

   Ao final do ano ela não foi alfabetizada, mas o nosso aprendizado foi uma satisfação. Para ela muitas possibilidades, para mim, a chance de fazer a diferença, mudar atitudes e preconceitos. Quando se tem a chance, tudo pode mudar. Através da disciplina de Psicologia aprendi a me conhecer e perceber o quanto minhas ações influenciam a vida dos alunos, positivamente ou negativamente. É preciso que eu, como professora, tenha a sensibilidade de compreender o outro e enxergar além de cadernos e escritas perfeitas.