segunda-feira, 14 de maio de 2018




Interdisciplina: Didática, Planejamento e Educação

Reflexões a partir do texto de Rays

1. “Escola e realidade social”
    Acredito que os alunos idealizam a escola como um espaço de realização e criam expectativas de vivenciar novidades. Os professores devem conhecer a realidade do aluno e pesquisar sobre os centros de interesse, contemplando as aprendizagens como um todo, sem separação em compartimentos (matérias). Os alunos devem ser capazes de relacionar seus conhecimentos com seu cotidiano.
    Estamos acostumados a levar para a sala de aula conteúdos e assuntos que julgamos importantes e adequados para os alunos. Muitas vezes, nós não perguntamos a opinião deles e seguimos na linha de que o professor sabe o que é melhor. Quando trabalhamos com projetos, conseguimos contemplar a diversidades de interesses dos alunos.

2. “Retrato sociocultural do educando”

    Conhecer o aluno é essencial. Cada um possui necessidades diferentes. E quem sabe de suas próprias inquietudes e anseios é o próprio aluno. O professor precisa olhar e ouvir seu aluno para organizar seu planejamento. Podemos realizar entrevistas para conversar com os alunos e seus familiares. Assim podemos conhecê-los e saber da realidade de cada um e o que fazer para auxiliar no processo ensino-aprendizagem.

    Durante as reuniões e conselhos de classe conversamos com alunos e familiares, e, com isso, conhecemos a realidade de cada um. Podemos realizar atividades de pesquisas, exposições e feiras. A participação dos alunos revela sua cultura e aproxima a comunidade da escola.


3. “Objetivos de ensino-aprendizagem e conteúdos de ensino”

    Podemos utilizar a sondagem para descobrir quais são as expectativas dos alunos, com relação aos conteúdos de ensino, e, com isso, adaptar ou acrescentar algo novo ao PPP. O PPP é flexível, apesar de ser composto de conteúdos obrigatórios. Temos muitas possibilidades de desenvolver atividades diferenciadas, um exemplo são os projetos. Cada aluno ou grupo dá seguimento ao assunto que acha importante. Com auxílio do professor, busca caminhos para desenvolver o assunto em questão. A escola organiza feiras para expor os trabalhos e os alunos demonstram o conhecimento que foi adquirido no processo.
    No PPP da escola temos conteúdos obrigatórios. Somos cobrados, diariamente, para atingir metas e conteúdos. Alunos e professores não são máquinas, não estão programados para produzir e apresentar resultados. Uma pergunta que não sai da nossa cabeça: ensinar o quê e para quê? Nos livros didáticos vemos muitos conteúdos pouco atrativos e fora da nossa realidade, os alunos perguntam o porquê de aprender isso? Quando vou precisar desse conteúdo? Muitas vezes não temos respostas. Simplesmente temos que ensinar. Um professor, atento e sensível, consegue adaptar conteúdos, de acordo com a realidade do seu aluno.

4. “Procedimentos de ensino-aprendizagem”

    O professor pode seguir o planejamento da escola, e, ao mesmo tempo, buscar diversificar sua forma de abordagem de conteúdos e assuntos de aula. A utilização de recursos variados e mudança na postura do professor devem a base para melhorar os procedimentos de ensino na escola atual.
    A participação dos alunos é essencial para o planejamento das atividades. Tudo que o professor elabora é direcionado para eles. Os alunos possuem muita criatividade e estão sempre sugerindo algo para o professor. Cabe ao professor, ouvir seu aluno e colocar em prática as ideias que vão surgindo.

5. “Avaliação da aprendizagem”

    A avaliação é uma forma de rever nossa atuação pedagógica. Podemos avaliar o quanto as atividades desenvolvidas estão contemplando as expectativas dos alunos.
    Quando preparamos as aulas idealizamos um tipo de resposta dos alunos, a partir da reação deles, podemos avaliar se aula foi satisfatória, se trouxe questionamentos para reflexão dos alunos.
    A escola cobra do professor resultados, a partir de avaliações realizadas. A escola, ainda relaciona a avaliação, como promoção e classificação dos alunos. O professor pode romper com estas barreiras usando outros métodos ou redirecionando os objetivos da avaliação. O aluno é o foco principal, a avaliação deve auxiliar no seu desenvolvimento como um todo.

Referência:
RAYS, Oswaldo Alonso. PLANEJAMENTO DE ENSINO: um ato político-pedagógico.