RECORDAR É VIVER... MEMÓRIAS
Logo, as lembranças, as reminiscências, as recordações não
nos ocorrem ao acaso, são provocadas e
provocadoras de tensões / acontecimentos presentes e / ou vindouros. Em geral,
há um trabalho de produção das memórias.
O processo contínuo de
lembrar e esquecer, de constituir identidades, de registrar as lembranças e
valorizar os registros, vai garantindo a cidadania, a autonomia, a capacidade
plena do "ser" político e social, possibilidades de inclusão social,
tolerância e convivência na sociedade pelo conhecimento das suas memórias e de
outros grupos sociais, que possuem outros credos, outras formas de
alimentar-se, vestir-se, outros entendimentos sobre a vida. As lembranças
constituem o ser, e o ser constitui as lembranças por sua capacidade de lembrar e
esquecer, impregnado de suas experiências imediatas.
Leitura: Memórias e identidades, Simone Valdete dos Santos
Disciplina: Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica
A professora Zita Possamai pediu algumas recordações da nossa vida. Eu lembrei da minha alfabetização, através de um jogo e da minha adolescência com o meu nome.
Escolhi uma música que gosto muito e um poema que fala de recordações.
Sweet Child O' Mine
Minha Doce Criança
Ela tem um sorriso que me parece
Lembrar-me de memórias de infância
Onde tudo era fresco
Como o brilhante céu azul
De vez em quando eu vejo seu rosto
Ela me leva para aquele lugar especial
E se eu olhasse por muito tempo
Provavelmente perderia o controle e choraria
Oh! Oh! Minha doce criança
Oh! Oh! Meu doce amor
Ela tem olhos dos céus mais azuis
Como se eles pensassem na chuva
Odeio olhar para dentro daqueles olhos
E ver um pingo de dor
O cabelo dela me lembra um lugar quente e seguro
Onde como uma criança eu me esconderia
E rezaria para que o trovão e a chuva
Passassem quietos por mim
Oh! Oh! Minha doce criança
Oh! Oh! Meu doce amor
Para onde vamos agora?
Para onde vamos agora?
Para onde vamos? (Doce criança)
Para onde vamos agora?
Para onde vamos?
Para onde vamos agora, agora, agora
Agora, agora, agora, agora, agora?
Doce criança
Minha doce criança
Guns N' Roses
MEUS OITO ANOS
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
................................
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!
Autor: Casimiro de Abreu